sábado, novembro 20, 2010

De que são feitas as meninas???

DE QUE SÃO FEITAS AS MENINAS?

Uma menina é feita lentamente
De sóis e de luas
De cascatas e morangos
Olha pra gente com olhos de estrelas
E enterra o mundo inteiro
Nas irresistíveis covinhas pequeninas
E ela sorri sempre porque é esperta e já sabe que a alegria é geradora de companhia.

Uma menina tem cabelos de seda
Mesmo que estejam lambuzados de sorvete
E tem mãozinhas gorduchas
Que sabem fazer carinho
Que trocam bonecas e empinam pipas.

Uma menina nos olha, importante,
Do alto dos saltos da mamãe
E se cobre de balangandãs
E carrega bolsas enormes
No seu teatro favorito de ser gente grande.

CECÌLIA MEIRELES


Homenagem à minha menina linda... que completou 3 anos segunda-feira.

domingo, outubro 31, 2010

Amo ser mãe 2

Algumas pérolas da Mariana essa semana.

1. Depois de falar e perguntar muitas coisas eu digo a ela: "-Puxa filha, como tu perguntas... Por que?" e ela, "Porque eu tenho boca, ué".

2. Depois de fazer contorcionismo com a Barbie, dizendo que ela estava fazendo ginástica, eu digo: "- Bah! E agora?" e eis que surge a resposta: "-Agora ela é o saci-pererê".

3. Escolhendo uma música pro vídeo do aníver dela, começo a cantarolar "Menininha do meu coração... Menininha não cresça mais não, fique pequinininha na minha canção..." e ouço/ "Eu quero crescer!" .

é possível não ser feliz???

segunda-feira, outubro 25, 2010

Amo ser Mãe

A Mariana está cada dia melhor. Agora passa cantando, inventando músicas, fazendo paródias, contando histórias. Uma figura!
Ontem ganhei uma canção.

"Mami, é só minha
Não é de ninguém
é minha"

Repetindo várias vezes e me deixando com cara de boba. Mais do que o natural.

:)

terça-feira, outubro 12, 2010

Antes da Mariana

Antes de você (Titãs - clipe oficial)




Essa foi uma das canções novas que o Titãs apresentou ontem em Satolep.
Muito legal.
Me fez pensar na minha vida antes da Mariana. Claro que eu lembro como eu era. Claro que sinto falta de dormir uma noite inteira. Ou pelo menos até às 9:00 da manhã. Talvez, sinta falta de outras coisas também, mas sinceramente, não lembro agora.
Há quase três anos minha vida foi pintada de cores tão vivas, tão vibrantes, tão amorosas que nenhuma palavra, ou nem mesmo todas as palavras seriam capazes de explicar.
Nenhum outro sentimento se compara a este que temos uma pela outra. Ouvir "eu te adoro, mamãe" cura todas as feridas e dores que o mundo insiste em me marcar. Olhar aquela loirinha dormindo, é uma dádiva.
Não tenho dúvida de que Deus existe. Não tenho dúvida que ela é o maior presente que eu poderia receber nesta vida.
Gracias a la vida!
Ei filha, te amo!

Titãs! Titãs!

Ontem fomos ao show do Titãs, em Satolep.
Não consegui lembrar se já havia ido a um show dos caras. Mas vou a todos que puder, daqui pra frente.
O show foi no Theatro Guarany, local em que assistimos os espetáculos, literalmente. Impossível só assistir o show dos Titãs. Na segunda música, todo o teatro levantou e, raríssimas vezes, voltou a sentar.
Muito bom!
Cabeça dinossauro, Bichos escrotos, Marvim, Epitáfio, Sonífera ilha, 32 dentes, diversão e por aí... lembrança de um tempo bom.
Queria que o Lauro e a Bibi estivessem lá comigo, para dançarmos chutando o ar como antigamente.
Mas dancei, gritei, pulei e me diverti. Até cerveja eu tomei. Há tempos, me rendi ao fato de que não gosto de cerveja. Mas não tinha como não tomar cerveja ontem.
O Nauro publicou alguns vídeos e fotos do show no Retratos da Vida. Vale conferir.
Os caras cantaram algumas canções novas, entre elas "Antes de você", que vou comentar no próximo post.
O show me fez lembrar, mais uma vez, que "só quero saber do que pode dar certo, não tenho tempo a perder".

terça-feira, setembro 28, 2010

...

Difícil me encarar ultimamente.
Quanto mais escrever algo por aqui.
Coisas importantes para serem pensadas, ditas e decididas.

Adiós, Goodbye (Vitor Ramil)


Coisas que ficaram por dizer
Coisas que não tive tempo de ouvir
Goodbye, adiós
Deixo o sol dormindo no porão
Bato a porta sem ferir o dia
Adiós, goodbye
Coisas que não canso de esquecer
Coisas que se escondem na lembrança
Goodbye, adiós
Deixo ao vento que quiser levar
Minhas folhas secas de utopia
Adiós, goodbye
Coisas que procuram seu lugar
Coisas que me ocupam cada instante
Goodbye, adiós
Deixo em gelo fino meus sinais
Que ninguém me eleja como guia
Adiós, goodbye
Coisas que acertaram no que sou
Coisas que falharam no que não fui
Goodbye, adiós
Deixo o sol dormindo no porão
Bato a porta sem ferir o dia
Adiós, goodbye

terça-feira, setembro 21, 2010

Mercedes Sosa - Como la Cigarra

Chegando a Primavera


Estamos chegando na minha estação preferida. Mas estou hibernando... por dentro.
Tomara que floresça logo... Precisando de cor!

quarta-feira, setembro 08, 2010

Oração ao Tempo - Caetano Veloso

És um senhor tão bonito
Quanto a cara do meu filho
Tempo tempo tempo tempo
Vou te fazer um pedido
Tempo tempo tempo tempo...
Compositor de destinos
Tambor de todos os rítmos
Tempo tempo tempo tempo
Entro num acordo contigo
Tempo tempo tempo tempo...
Por seres tão inventivo
E pareceres contínuo
Tempo tempo tempo tempo
És um dos deuses mais lindos
Tempo tempo tempo tempo...
Que sejas ainda mais vivo
No som do meu estribilho
Tempo tempo tempo tempo
Ouve bem o que te digo
Tempo tempo tempo tempo...
Peço-te o prazer legítimo
E o movimento preciso
Tempo tempo tempo tempo
Quando o tempo for propício
Tempo tempo tempo tempo...
De modo que o meu espírito
Ganhe um brilho definido
Tempo tempo tempo tempo
E eu espalhe benefícios
Tempo tempo tempo tempo...
O que usaremos prá isso
Fica guardado em sigilo
Tempo tempo tempo tempo
Apenas contigo e comigo
Tempo tempo tempo tempo...
E quando eu tiver saído
Para fora do teu círculo
Tempo tempo tempo tempo
Não serei nem terás sido
Tempo tempo tempo tempo..

quinta-feira, agosto 26, 2010

Por aí...

Eu não sei dizer
Nada por dizer
Então eu escuto...

Eu não vou falar
Nada por falar
Então eu escuto...

(Secos e Molhados)

sábado, agosto 21, 2010

Sobre o que se olha e sobre o que se vê (III)

Já cantou La Negra, que "El tiempo pasa nos vamos poniendo viejos / Yo el amor no lo reflejo como ayer / En cada conversación cada beso cada abrazo / Se impone siempre un pedazo de razón".
A razão também domina o que se olha e o que se vê.
A razão é que não deixa o amor ter o mesmo reflexo de antes.
A razão não deixa a criança de cada um brilhar e se expor.
A razão não permite que as diferenças convivam de forma a se complementar e assim, ser mais.
A propriedade da razão liquida conversas que poderiam não ter fim... Alguém "tem" e o outro alguém não. Rompe a troca. Rompe o diálogo. Desqualifica o outro.
Mas o tema aqui é o que se vê, como se vê, como se olha.
Considerando o tempo já vivido e as coisas que fui aprendendo nesse tempo, tenho a ideia de que a razão limita o olhar. Porque o direciona para o que possa ser importante. São. Coerente.
Quero olhar com olhos de criança. Descobrir o inusitado. O detalhe. O reflexo. Assim vou poder desvelar o encoberto. Ver o outro lado.
Quero olhar o lado de dentro. Ir além da aparência, na essência.
Não creio que é a razão que me leva a esse ponto de vista.

domingo, agosto 15, 2010

Sobre o que se olha e sobre o que se vê (II)


Adoro Rubem Alves. Ler Rubem Alves me ajuda a ser uma pessoa melhor, uma professora melhor, uma assistente social melhor. Esta crônica, fala do olhar e do ver. Segue a "pauta" que está na minha cabeça...



A arte de ver (Rubem Alves)



Ela entrou, deitou-se no divã e disse: “Acho que estou ficando louca”. Eu fiquei em silêncio aguardando que ela me revelasse os sinais da sua loucura. “Um dos meus prazeres é cozinhar. Vou para a cozinha, corto as cebolas, os tomates, os pimentões – é uma alegria! Aconteceu, entretanto, faz uns dias, eu fui para a cozinha para fazer aquilo que já fizera centenas de vezes: cortar cebolas. Ato banal sem surpresas. Entretanto, cortada a cebola, eu olhei para ela e tive um susto. Percebi que nunca havia visto uma cebola. Aqueles anéis perfeitamente ajustados, a luz se refletindo neles: tive a impressão de estar vendo a rosácea de um vitral de catedral gótica. De repente a cebola, de objeto a ser comid,o se transformou em obra de arte para ser vista! E o pior é que o mesmo aconteceu quando cortei os tomates, os pimentões... Agora tudo o que vejo me causa espanto...” Ela se calou esperando o meu diagnóstico. Eu me levantei, fui até a estante de livros e de lá retirei as “Odes Elementales”, de Pablo Neruda. Procurei a “Ode à cebola” e lhe disse: “Essa perturbação ocular que a acometeu é comum entre os poetas. Veja o que Neruda disse de uma cebola igual àquela que lhe causou assombro: “...rosa de água com escamas de cristal...” Não, você não está louca. Você ganhou olhos de poeta... Os poetas ensinam a ver.”

Ver é muito complicado. Isso é estranho porque os olhos, de todos os órgãos dos sentidos, são os de mais fácil compreensão científica. A sua física é idêntica à física ótica de uma máquina fotográfica: o objeto do lado de fora aparece refletido do lado de dentro. Mas existe algo na visão que não pertence à física. William Blake sabia disso é afirmou: “A árvore que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê”. Sei isso por experiência própria. Quando vejo os ipês floridos sinto-me como Moisés, diante da sarça ardente: ali está uma epifania do sagrado. Mas uma mulher que vivia perto da minha casa decretou a morte de um ipê que florescia à frente de usa casa, porque ele sujava o chão, dava muito trabalho para a sua vassoura. Seus olhos não viam a beleza. Só viam o lixo.

A Adélia Prado diz: “Deus de vez em quando me tira a poesia. Olho para uma pedra e vejo uma pedra”. O Drummond viu uma pedra e não viu uma pedra. A pedra que ele viu virou poema.

Há muitas pessoas de visão perfeita que nada vêem. “Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. Não basta abrir a janela para ver os campos e os rios”, escreveu Alberto Caeiro. O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido. Nietzsche sabia disso é afirmou que a primeira tarefa da educação era ensinar a ver. O Zen Budismo concorda e toda a sua espiritualidade é uma busca da experiência chamada “satori”, a abertura do “terceiro olho”. Não sei se Cummings se inspirava no Zen Budismo mas o fato é que escreveu “ Agora os ouvidos dos meus ouvidos acordaram e agora os olhos dos meus olhos se abriram...”

Há um poema no Novo Testamento que relata a caminhada de dois discípulos na companhia de Jesus Ressuscitado. Mas eles não o reconheciam. Reconheceram-no subitamente: ao partir do pão “os seus olhos se abriram”. Vinícius de Moraes adota o mesmo mote no “Operário em Construção”: “De forma que, certo dia, ao cortar o pão, o operário foi tomado de uma súbita emoção ao constatar assombrado que tudo naquela mesa – garrafa, prato, facão – era ele quem fazia, eles um humilde operário, um operário em construção”.

A diferença se encontra no lugar onde os olhos são guardados. Se os olhos estão na Caixa de Ferramentas eles são apenas ferramentas que usamos por sua função prática. Com eles vemos objetos, sinais luminosos, nomes de ruas – e ajustamos a nossa ação. O ver se subordina ao fazer. Isso é necessário. Mas é muito pobre. Os olhos não gozam... Mas quando os olhos estão na Caixa dos Brinquedos eles se transformam em órgãos de prazer: brincam com o que vêem, olham pelo prazer de olhar, querem fazer amor com o mundo.

Os olhos que moram na Caixa de Ferramentas são os olhos dos adultos. Os olhos que moram na Caixa dos Brinquedos são os olhos das crianças. Para ter olhos brincalhões é preciso ter as crianças por nossas mestras. Alberto Caeiro disse haver aprendido a arte de ver com um menininho, Jesus Cristo fugido do céu, tornado outra vez criança, eternamente: “A mim ensinou-me tudo. Ensinou-me a olhar para as coisas. Aponta-me todas as coisas que há nas flores. Mostra-me como as pedras são engraçadas quando a gente as têm na mão e olha devagar para elas...”

Por isso, porque eu acho que a primeira função da educação é ensinar a ver, eu gostaria de sugerir que se criasse um novo tipo de professor, um professor que nada teria a ensinar, mas que se dedicaria a apontar para os assombros que crescem nos desvão da banalidade cotidiana. Como o Jesus Menino do poema do Caeiro. Sua missão seria partejar “olhos vagabundos...”

Este e outros maravilhosos textos podem ser encontrados na "Casa de Rubem Alves"

O Seu Olhar



Conheci esta música, na versão do Arnaldo Antunes, trilha do filme "Bicho de Sete Cabeças". Depois, mais tarde, a Alê me apresentou a versão da Ceumar. Mais doce. Mais leve.

Tenho um vídeo com olhares da Mariana e essa música. Outro dia posto aqui.

Sobre o que se olha e sobre o que se vê (I)

Já faz tempo que essa questão de pensar no que olhamos e no que vemos me chama atenção. Por isso, vou fazer algumas reflexões sobre este sentido, tão aguçado em mim. E tão limitado.
Pra começar, se me perguntam o que mais me chama atenção em alguém é o olhar. Adoro me comunicar pelo olhar, mesmo sabendo que corro o risco de não ser entendida. Gosto de exercitar "falar pelo olhos".
Tenho algumas pessoas com as quais isso é muito fácil. Outras, nem berrando com a maior potência possível das minhas cordas vocais, me faço entender.
Os olhos falam... comer com os olhos... ver para crer... de tudo, ver o que está por detrás do visto é o maior desafio,na maioria das vezes. Mas, tem outras, em que ver o que está diante do nariz é o mais dificil. Daí, entra o medo. O desviar o olhar. Olhar sem ver.
Desculpem a viagem. Juro que tudo isso faz muito sentido pra mim. Talvez quando eu for escrevendo mais seja possível entender. Talvez, precise ler nos meus olhos de que estou falando.

domingo, agosto 08, 2010

Como amar tanto assim???


Em pleno dia dos pais, venho aqui declarar meu amor arrebatador à Mariana. Cada dia, essa pequena me faz mais feliz, mais grata a esse mundo por estes momentos tão maravilhosos que aqueles olhinhos verdes me proporcionam...
Querida, geniosa, inteligente, carismática. Impossível não se apaixonar por essa menina.
À ela, dedico uns versos de Drexler...

"Donde tu estás
yo tengo el Norte,
y no hay nada como tu amor
como medio de transporte.

En este instante,
precisamente,
más canto y más te tengo yo
presente,
más te tengo yo presente".

Filha, obrigada por me fazer minha vida ter sentido. Te amo muito!!!

quarta-feira, agosto 04, 2010

Adoção


Considero a adoção um grande ato. São milhares de crianças e adolescentes hoje no Brasil, vivendo nos "abrigos" que, por lei, só podem abrigá-los por dois anos. Depois o Judiciário precisa reencaminhá-lo para a família ou achar alguma outra solução.
Como assistente social, tenho contato com algumas histórias assombrosas. Abrigos que são mini-presídios, mini-manicômios, e que, junto com a escola e outras instituições comprovam que a institucionalização da questão social só a perpetua. Crianças medicalizadas. Crianças estigmatizadas ao quadrado, ao cubo, sei lá.
Mas não quero discutir, agora, teoricamente esta questão. Quero discutir com o coração. Tenho assistido algumas reportagens sobre o tema e estou com vontade de propor uma pesquisa em Pelotas sobre o perfil das pessoas que querem adotar. Há muitas verdades ditas sobre o tempo de espera, as exigências dos pais, à devolução das crianças. Conhecer a fundo o problema é o melhor para conseguir boas soluções.
Vou voltar ao tema em breve.

terça-feira, agosto 03, 2010

Quem faz o acaso?


Pensar sobre as coisas boas e ruins que nos acontecem, todos os dias, todas as horas.
Buscar razão em desencontros, atrasos, empecilhos, atrapalhações, lembranças em horas impróprias...
Querer entender porque algo que tinha tudo pra dar certo, deu errado. E outro algo que tinha tudo pra dar errado, deu certo...
Tudo isso são questões que teimamos em entender, quando desde Shakespeare, já se sabia que há mais mistérios entre o céu e a terra do que sonha a nossa vã filosofia...
Até o Marx, o mais materialista de todos, afirmava que entender e explicar o mundo era tolice... há que transformá-lo.
Pois eu, com minha formação materialista, de esquerda da esquerda, cada vez mais tenho certeza de uma coisa: nao nos mandamos... mesmo!
E digo mais: ainda bem!

Agradeço os rumos que tenho tomado. Agradeço os amigos que tenho. Agradeço os amores que construi. Os que perdi. Os que ainda terei.

Que eu seja capaz de aprender cada dia com as lições que a vida tem me preparado. E seja capaz de passar um pouquinho disso para aqueles que estão por perto.

Que assim seja!

sexta-feira, julho 30, 2010

Conselho da Mafalda...

"SEA"






Ya estoy en la mitad de esta carretera
Tantas encrucijadas quedan detrás...
Ya está en el aire girando mi moneda
Y que sea lo que
Sea

Todos los altibajos de la marea
Todos los sarampiones que ya pasé...
Yo llevo tu sonrisa como bandera
Y que sea lo que
Sea

Lo que tenga que ser, que sea
Y lo que no por algo será
No creo en la eternidad de las peleas
Ni en las recetas de la felicidad

Cuando pasen recibo mis primaveras
Y la suerte este echada a descansar
Yo miraré tu foto en mi billetera
Y que sea lo que
Sea

Y el que quiera creer que crea
Y el que no, su razón tendrá
Yo suelto mi canción en la ventolera
Y que la escuche quien la quiera escuchar

Ya esta en el aire girando mi moneda
Y que sea lo que
Sea

Raros momentos


Cada vez tenho mais certeza de que o melhor da vida está nas pequenas coisas, aquelas triviais do dia-a-dia e naquelas que nos fazem corar, rir à toa, ficar com cara de boba. Fazem o coração bater mais forte, as mãos tremerem, e trazem aquela velha sensação de "borboletas no estômago".
Semana passada fui ao show do Jorge Drexler em Porto Alegre. O show fazia parte do Festival de Inverno, e por isso, tinha preço diferenciado (trinta pilinhas). Mas era um show que valia qualquer preço.
Eu gostava muito das músicas do cara. Mas conhecia, relativamente, pouco.
O Show foi no Teatro do Bourbon, um lugar moderno, confortável, com acústica maravilhosa. Drexler se apresentou com uma banda irretocável. COm muitos instrumentos de sopro e percussão. Uma sonzeira. Mas com uma suavidade indescritível.
Mas o que mais me encantou foi a preciosidade dos arranjos e as letras, que pareciam ter sido feitas, a maioria, para que eu cantasse, aos berros, por aí.
Soledad, Sea, Toque de queda, todo se transforma (que eu já amava!), eco, guitara e voz e segue uma lista... Nao teve nem um momento mais ou menos.
MARAVILHA DE ESPETÁCULO!
Obrigada Márcio e Lourenço, que batalharam pelos nossos ingressos na segunda fila!!!

y que sea lo que sea...

segunda-feira, julho 26, 2010

Dia da vó


Hoje, dia 26 de julho é dia da vó. Não só da minha, mas de todas. Mas vou dedicar esse post só à Lurdeca.

"1, 2, 3... Parabéns pra você, nessa data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida".

A minha vó Maria de Lourdes, descendente dos Price, de Londres, é uma figura sem igual.
Defende os seus como uma leoa com suas crias. Adora ter sua netaiada e filhadarada na volta. Não esconde suas preferências e suas desavenças.
é exemplo de mulher brasileira. Batalhadora, lutadora, criou seus filhos com dificuldades mas, com sorrisão nos lábios.
Hoje é a matriarca de uma família de doidos. Ao todo, por enquanto são: 6 filhos, 12 netos, 5 bisnetos mais os genros, netos e netas herdados nos casórios e genéricos.
Amigo secreto, acordeon, pedido pra estrela, pão de minuto, bolo de fubá, mizongó de galinha, feijão, adoração pelo Natal, paixão por viajar e andar de carro, pausa pro xi antes de sair, gosto por música e leituras, paixão pela lua,... são algumas das coisas que marcam essa estrela na nossa vida.
Bem-te-vi, sapatinho toc-toc-toc-toc... é assim nossa canção! Vai direto ao coração... Coelhinhos teimosos do jardim, ...
cachorreira, batata frita com coca-cola, churrasco a hora que for e muito, muito sorvete!!!
Te amo vó Lourdes! Minha mãe açucarada...

quarta-feira, julho 21, 2010

Chuva e chuva em Satolep

Muitos dias frios e chuvosos. Bom pra pensar. Mas nem sempre se está afim de pensar. Então, velhos amigos poetas ajudam a traduzir o que se pensa... Fala Chico!


Sol e chuva (Chico Buarque)

Se esta noite o tempo vai virar
Não me deixes sair sozinha
Pode amanhecer
Tudo fora de lugar
Posso não estar aqui

Nossa vida, o vento esfarrapar
Tua manta não ser a minha
Pode acontecer
Quando o tempo serenar
De eu não me lembrar de ti

Sim
Pode vir uma enxurrada
E carregar tudo o que eu tinha
Sim
Posso até gostar
Deixa eu sair sozinha

É sol e chuva, é penumbra e luz
Meu corpo está gelado e queima
Pode acontecer
Podes vir me procurar
Posso não estar aqui

segunda-feira, julho 19, 2010

tempos modernos...


Capitão de indústria (Paralamas)

Eu às vezes fico a pensar
Em outra vida ou lugar
Estou cansado demais
Eu não tenho tempo de ser
De nada ter que fazer
É quando eu me encontro perdido
Nas coisas que eu criei
E eu não sei

Eu não vejo além da fumaça
O amor e as coisas livres, coloridas
Nada poluídas
Eu acordo pra trabalhar
Eu durmo prá trabalhar
Eu vivo prá trabalhar...


Acho que é o período crítico do ano. Meio do ano. Sem férias. E depois dizem que professor é beneficiado com tr~es meses de férias por ano... Eu ainda não achei as minhas.
Preciso de tempo pra rir, sonhar e não fazer nada...

sábado, julho 17, 2010

Dia Especial


"Se alguém já lhe deu a mão e não pediu mais nada em troca, pense bem pois é um dia especial" (DL)

Amanhã, dia 18/07, é aniversário da minha queridíssima amiga POIA: Alessandra Meirelles. Hoje, sábado, iríamos comemorar o aníver dela aqui em casa mas, ela me deu o maior bolo. Então, estou aqui, mateando, ouvindo música e me esquentando em frente à lareira... e resolvi escrever algo sobre essa figura.

Alessandra é quase indescritível. É daquelas pessoas que são raras. Amiga, atrapalhada, memória de elefante, sonhadora irrecuperável. O texto do Benedetti que está aí no último post fala bem das figuras que amo. E a maior parte das características citadas por ele, estão na Alessandra.

Resolvi procurar o significado do nome Alessandra. Tive até que rir: DEFENDE O HOMEM. Vou entender que é a humanidade. E é assim mesmo. Ela é um doce. Mas se qualquer um, por qualquer razão, fizer qualquer coisa com seus amores, ela vira bicho! O significado de POIA todos sabem. Ela é uma POIA. A DINDA POIA!

A Alê está sempre disponível. Até demais. Já conversamos muito sobre isso. Carrega o piano junto, come meio quilo de sal e tudo mais de dificil que tiver que rolar.

Esteve comigo sempre. No pior momento da minha vida e no melhor, estava longe, fisicamente. Mas estava mais presente do que muitos que estavam perto. Foi uma força fundamental na construção da minha tese, da minha casa e na desconstrução de outras coisas também. Acompanhou, quase que diariamente, minha gravidez e meus medos... Brindou com o Xu o nascimento da Mariana. Brindou comigo muitas outras coisas. E ainda vamos brindar outras tantas.

Hoje o brinde é pra ti, sua poia! Te amo mais do que podes imaginar.
Exijo que sejas feliz! Vou estar sempre por perto, me certificando de que estás fazendo isso.

Feliz aniversário!!!

quinta-feira, julho 15, 2010

Jorge Drexler - Toque de queda

As dores do crescimento

Há algum tempo, escrevi para minha amiga poia sobre as dores do crescimento... Quando criança, sofria de dores na panturrilha (batata da perna) quase todos os dias. Minha mãe dizia que era dor de crescimento. E realmente, cresci bastante. Minhas pernas são bemmmmmmm compridas.
A conversa com a Poia era sobre outro crescimento. Aquele que faz a gente perceber que o mundo não vai mudar tão rápido quanto sonhávamos, que coisas tristes de verdade nos aconteciam e marcavam e mudavam a vida pra sempre. Essa dor, não sabíamos descrever, nem prever quando iria passar.
Mas ela passa. Num dia, sem saber como, nem porquê, percebemos que a "perna" não dói mais. Crescemos... Mas ficam muitas marcas. Umas quase imperceptíveis, outras profundas.

"Não se preocupe em entender. Viver ultrapassa todo o entendimento" (Clarice Lispector).

domingo, julho 11, 2010

Arnaldo Antunes e Nando Reis - Não Vou me Adaptar

Mesmo com toda a pressão, não vou me adaptar. O pulso ainda pulsa...



sexta-feira, julho 09, 2010

Rica tarde


Hoje a tarde, depois de uma manhã atribulada e cheia de problemas que não deveriam ter importância mas que ainda me causam um razoável nível de estress, tive um encontro dos bons.
Nos reunimos, eu, Letícia, Alessandra e Paulo, para organizar a publicação das crônicas de um velho conhecido nosso: o querido Deogar Soares.
Duvido que exista alguém que tenha o conhecido que não tenha nada a falar do Deogar... ele era daquelas figuras que, com jeito todo seu, mudava o mundo, de verdade.
Essa mudança se dava de variadas formas. Com seu vôo livre diário, fazendo seus ouvintes pensarem e se recolocarem no mundo. Com sua inquietação diante do instituido. Com seu jeito rebelde de ser. Com sua voz que entrava e cativava a alma de qualquer um. Com seu olhar doce e feróz, manso e atroz.
Sinto muita saudade do Velho. O Deogar marcou uma fase muito importante da minha vida. A fase em que escolhi de que lado do mundo eu queria estar. Do lado de quem eu iria lutar. E de que jeito eu iria desenvolver esta luta.
Lembrar do Deogar é lembrar dos meus amigos, dos nossos sonhos, das nossas utopias e lutas, que não se perderam totalmente, mas que morreram um pouco junto com o Velho.
Hoje, pude reviver um pouquinho disso tudo. Primeiro na nossa "reunião". Bem diferente das reuniões de outrora, mas não menos eficiente e, talvez, mais prazerosa. Depois, com a Letícia (filha do Deogar e minha amiga de sempre), remexendo as fotografias feitas pelo Deogar e da época da campanha para vereador e do mandato.
Quanto prazer! Quanta saudade!
Viajamos no tempo e matamos um pouco essa falta que arde. Falta do que éramos e do que sonhávamos ser.
Rica tarde, essa!

quarta-feira, junho 30, 2010

Neve de papel

Tempo de recolher

Final de mês. Final de semestre. Muitas coisas a fazer. Mas maiores são as listas das coisas a pensar. Decidir. Optar. Escolher.
Não tem sido raras as vezes que eu queria muito que alguém o fizesse por mim. Escolhesse pra mim, decidisse pra mim, avaliasse pra mim... Me pegasse pela mão e falasse: "agora, chega. É por aqui e pronto".
Estou, definitivamente, com dificuldade de recolher os pedaços de mim que andam espalhados por aí. Não reconheço alguns. Outros trato de pegar rápido, antes que voem.
Rogo aos que me conheceram em outras épocas que não me deixem perder totalmente.

É isso.


Notei que ando escrevendo com mais reticências do que normalmente... não acho ruim...
É tempo de hibernar, de refletir e esperar a primavera pra renascer.

sábado, junho 26, 2010

Listas para não esquecer e priorizar



De quando em quando, gosto de listar as coisas pra não esquecer delas. Geralmente, faço listas referentes às obrigações, tarefas, compras, contas. Outras vezes, listo as coisas mais importantes. As vitais.
Aqui estão listadas algumas destas coisas vitais. Necessárias.Imprescindíveis.

1. Mariana.
2. Dormir bem.
3. Ficar acordada e me divertindo.
4. Pôr-do-sol.
5. Lua no Laranjal.
6. Lua em qualquer parte.
7. Música.
8. Chimarrão.
9. Amigos.
10. Abraço de urso.
11. Ondas do mar.
12. Reflexo do sol e da lua na Lagoa dos Patos.
13. Livros bons.
14. Prece.
15. Rir muito.
16. Chorar, às vezes.

Acho que por hoje é só... Mas a lista segue.

Abrir-se...




Orientações para um sábado nublado...


POR QUE NÃO ABRIR O CORAÇÃO?


O Tarot, Andréa, emite para você o conselho do Ás de Copas. Este arcano pede que, neste momento, você abra mais o seu centro do coração, deixando que a boa vontade e a afetuosidade brotem de sua alma sem expectativas ou condições. Permita que uma qualidade amorosa – que bate forte, pedindo pra sair – seja derramada para todos os cantos, inclusive para aquelas pessoas de quem você menos gosta. Muitas boas surpresas ocorrerão à medida que você compreender que, ao amar sem esperar resultados, os resultados são melhores do que os originalmente esperados. Abra-se ao novo, Andréa! Não apenas a pessoas novas, mas também a novos olhares, novas perspectivas, de modo que o encantamento se derrame e você se perceba com a alma limpa, renovada, respirando e irradiando amor, tornando-se uma presença atrativa e desejada. É hora de amar, Andréa! Não se importe se as pessoas não lhe correspondem. Você aprenderá, neste momento, que o amor faz bem principalmente a quem o emite. E termina sendo algo beneficamente contagioso: magnetiza e afeta, transformando o mundo em torno de si, tornando-o um lugar melhor.

Conselho: Momento de abrir o coração, de renovar.


Esta e outras fotos maravilhosas estão aqui.

Tempo de balanço...


Mais uma vez os pensamento que não cabem na minha cabeça ficaram mofando... e esse blog mais parado que nem-sei-o-quê.
Estou bem. Cheia de afazeres. Correndo muito. Mas também, talvez pela primeira vez, não deixando a correria impedir meus pensamentos.
Estou aprendendo a aprender de novo... Me permitindo errar. Repetir. Rir de mim mesma... Me irritar comigo mesma e com o mundo. Muitas vezes.
Mas estou aqui. Mais viva do que nunca. Feliz com minha Mariana...meu raio de sol.
E vamos por aí...

quinta-feira, abril 15, 2010

vazio

Sentir seu coração perfeito
Batendo à toa e isso dói.

quarta-feira, abril 07, 2010

Socorro!!!

http://www.youtube.com/watch?v=3tnsqslFj7I&feature=related


Socorro eu não estou sentindo nada...

Socorro, alguém me dê um coração
Que este já não bate nem apanha...

Qualquer coisa que se sinta...
São tantos sentimentos deve ter algum que sirva!

quinta-feira, fevereiro 25, 2010

Outro tempo começou pra mim agora...

Muitas coisas acontecendo.
Realizada na vida. Feliz com minha filhota. Preocupada com outras coisas. Enfim, a vida está andando...
2010 promete. Obrigada meu Deus!
baby