sábado, março 08, 2014
Pedaços de mim
Quantos pedaços somos capazes de deixar pelo caminho? Quais deles deixam um buraco para sempre na nossa vida e quais são capazes de serem substituídos?
Trabalho diariamente com pessoas que perdem os pedaços cotidianamente. E que buscam, entre todas os obstáculos da burocracia, juntar o que ficou e seguir em frente. Pessoas que, por vezes, parecem esquecer o que é um dia realmente feliz. Será que tiveram algum?
Claro que sei o óbvio. A felicidade é diferente para cada pessoa nesse mundão. Mas, parece-me que, para algumas pessoas, as tristezas pesam mais.
Hoje faz 8 anos de uma maiores dores da minha vida. Acho que é a maior. A confirmação diante da impotência de conquistar algo muito desejado. Mesmo tendo pulado os obstáculos e, de certa forma, ganho o que tanto desejava, a dor permanece ali. Como a cicatriz da cesariana que teima em repuxar em dias nublados, embora, cientificamente, nada explique isso.
E tudo que veio depois, faz com a ferida doa mais forte.
Oh pedaço de mim,
Não leva tudo que há de ti... me deixa lembrar que a vida é pra ser vivida na amplitude.
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