sexta-feira, julho 30, 2010

Conselho da Mafalda...

"SEA"






Ya estoy en la mitad de esta carretera
Tantas encrucijadas quedan detrás...
Ya está en el aire girando mi moneda
Y que sea lo que
Sea

Todos los altibajos de la marea
Todos los sarampiones que ya pasé...
Yo llevo tu sonrisa como bandera
Y que sea lo que
Sea

Lo que tenga que ser, que sea
Y lo que no por algo será
No creo en la eternidad de las peleas
Ni en las recetas de la felicidad

Cuando pasen recibo mis primaveras
Y la suerte este echada a descansar
Yo miraré tu foto en mi billetera
Y que sea lo que
Sea

Y el que quiera creer que crea
Y el que no, su razón tendrá
Yo suelto mi canción en la ventolera
Y que la escuche quien la quiera escuchar

Ya esta en el aire girando mi moneda
Y que sea lo que
Sea

Raros momentos


Cada vez tenho mais certeza de que o melhor da vida está nas pequenas coisas, aquelas triviais do dia-a-dia e naquelas que nos fazem corar, rir à toa, ficar com cara de boba. Fazem o coração bater mais forte, as mãos tremerem, e trazem aquela velha sensação de "borboletas no estômago".
Semana passada fui ao show do Jorge Drexler em Porto Alegre. O show fazia parte do Festival de Inverno, e por isso, tinha preço diferenciado (trinta pilinhas). Mas era um show que valia qualquer preço.
Eu gostava muito das músicas do cara. Mas conhecia, relativamente, pouco.
O Show foi no Teatro do Bourbon, um lugar moderno, confortável, com acústica maravilhosa. Drexler se apresentou com uma banda irretocável. COm muitos instrumentos de sopro e percussão. Uma sonzeira. Mas com uma suavidade indescritível.
Mas o que mais me encantou foi a preciosidade dos arranjos e as letras, que pareciam ter sido feitas, a maioria, para que eu cantasse, aos berros, por aí.
Soledad, Sea, Toque de queda, todo se transforma (que eu já amava!), eco, guitara e voz e segue uma lista... Nao teve nem um momento mais ou menos.
MARAVILHA DE ESPETÁCULO!
Obrigada Márcio e Lourenço, que batalharam pelos nossos ingressos na segunda fila!!!

y que sea lo que sea...

segunda-feira, julho 26, 2010

Dia da vó


Hoje, dia 26 de julho é dia da vó. Não só da minha, mas de todas. Mas vou dedicar esse post só à Lurdeca.

"1, 2, 3... Parabéns pra você, nessa data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida".

A minha vó Maria de Lourdes, descendente dos Price, de Londres, é uma figura sem igual.
Defende os seus como uma leoa com suas crias. Adora ter sua netaiada e filhadarada na volta. Não esconde suas preferências e suas desavenças.
é exemplo de mulher brasileira. Batalhadora, lutadora, criou seus filhos com dificuldades mas, com sorrisão nos lábios.
Hoje é a matriarca de uma família de doidos. Ao todo, por enquanto são: 6 filhos, 12 netos, 5 bisnetos mais os genros, netos e netas herdados nos casórios e genéricos.
Amigo secreto, acordeon, pedido pra estrela, pão de minuto, bolo de fubá, mizongó de galinha, feijão, adoração pelo Natal, paixão por viajar e andar de carro, pausa pro xi antes de sair, gosto por música e leituras, paixão pela lua,... são algumas das coisas que marcam essa estrela na nossa vida.
Bem-te-vi, sapatinho toc-toc-toc-toc... é assim nossa canção! Vai direto ao coração... Coelhinhos teimosos do jardim, ...
cachorreira, batata frita com coca-cola, churrasco a hora que for e muito, muito sorvete!!!
Te amo vó Lourdes! Minha mãe açucarada...

quarta-feira, julho 21, 2010

Chuva e chuva em Satolep

Muitos dias frios e chuvosos. Bom pra pensar. Mas nem sempre se está afim de pensar. Então, velhos amigos poetas ajudam a traduzir o que se pensa... Fala Chico!


Sol e chuva (Chico Buarque)

Se esta noite o tempo vai virar
Não me deixes sair sozinha
Pode amanhecer
Tudo fora de lugar
Posso não estar aqui

Nossa vida, o vento esfarrapar
Tua manta não ser a minha
Pode acontecer
Quando o tempo serenar
De eu não me lembrar de ti

Sim
Pode vir uma enxurrada
E carregar tudo o que eu tinha
Sim
Posso até gostar
Deixa eu sair sozinha

É sol e chuva, é penumbra e luz
Meu corpo está gelado e queima
Pode acontecer
Podes vir me procurar
Posso não estar aqui

segunda-feira, julho 19, 2010

tempos modernos...


Capitão de indústria (Paralamas)

Eu às vezes fico a pensar
Em outra vida ou lugar
Estou cansado demais
Eu não tenho tempo de ser
De nada ter que fazer
É quando eu me encontro perdido
Nas coisas que eu criei
E eu não sei

Eu não vejo além da fumaça
O amor e as coisas livres, coloridas
Nada poluídas
Eu acordo pra trabalhar
Eu durmo prá trabalhar
Eu vivo prá trabalhar...


Acho que é o período crítico do ano. Meio do ano. Sem férias. E depois dizem que professor é beneficiado com tr~es meses de férias por ano... Eu ainda não achei as minhas.
Preciso de tempo pra rir, sonhar e não fazer nada...

sábado, julho 17, 2010

Dia Especial


"Se alguém já lhe deu a mão e não pediu mais nada em troca, pense bem pois é um dia especial" (DL)

Amanhã, dia 18/07, é aniversário da minha queridíssima amiga POIA: Alessandra Meirelles. Hoje, sábado, iríamos comemorar o aníver dela aqui em casa mas, ela me deu o maior bolo. Então, estou aqui, mateando, ouvindo música e me esquentando em frente à lareira... e resolvi escrever algo sobre essa figura.

Alessandra é quase indescritível. É daquelas pessoas que são raras. Amiga, atrapalhada, memória de elefante, sonhadora irrecuperável. O texto do Benedetti que está aí no último post fala bem das figuras que amo. E a maior parte das características citadas por ele, estão na Alessandra.

Resolvi procurar o significado do nome Alessandra. Tive até que rir: DEFENDE O HOMEM. Vou entender que é a humanidade. E é assim mesmo. Ela é um doce. Mas se qualquer um, por qualquer razão, fizer qualquer coisa com seus amores, ela vira bicho! O significado de POIA todos sabem. Ela é uma POIA. A DINDA POIA!

A Alê está sempre disponível. Até demais. Já conversamos muito sobre isso. Carrega o piano junto, come meio quilo de sal e tudo mais de dificil que tiver que rolar.

Esteve comigo sempre. No pior momento da minha vida e no melhor, estava longe, fisicamente. Mas estava mais presente do que muitos que estavam perto. Foi uma força fundamental na construção da minha tese, da minha casa e na desconstrução de outras coisas também. Acompanhou, quase que diariamente, minha gravidez e meus medos... Brindou com o Xu o nascimento da Mariana. Brindou comigo muitas outras coisas. E ainda vamos brindar outras tantas.

Hoje o brinde é pra ti, sua poia! Te amo mais do que podes imaginar.
Exijo que sejas feliz! Vou estar sempre por perto, me certificando de que estás fazendo isso.

Feliz aniversário!!!

quinta-feira, julho 15, 2010

Jorge Drexler - Toque de queda

As dores do crescimento

Há algum tempo, escrevi para minha amiga poia sobre as dores do crescimento... Quando criança, sofria de dores na panturrilha (batata da perna) quase todos os dias. Minha mãe dizia que era dor de crescimento. E realmente, cresci bastante. Minhas pernas são bemmmmmmm compridas.
A conversa com a Poia era sobre outro crescimento. Aquele que faz a gente perceber que o mundo não vai mudar tão rápido quanto sonhávamos, que coisas tristes de verdade nos aconteciam e marcavam e mudavam a vida pra sempre. Essa dor, não sabíamos descrever, nem prever quando iria passar.
Mas ela passa. Num dia, sem saber como, nem porquê, percebemos que a "perna" não dói mais. Crescemos... Mas ficam muitas marcas. Umas quase imperceptíveis, outras profundas.

"Não se preocupe em entender. Viver ultrapassa todo o entendimento" (Clarice Lispector).

domingo, julho 11, 2010

Arnaldo Antunes e Nando Reis - Não Vou me Adaptar

Mesmo com toda a pressão, não vou me adaptar. O pulso ainda pulsa...



sexta-feira, julho 09, 2010

Rica tarde


Hoje a tarde, depois de uma manhã atribulada e cheia de problemas que não deveriam ter importância mas que ainda me causam um razoável nível de estress, tive um encontro dos bons.
Nos reunimos, eu, Letícia, Alessandra e Paulo, para organizar a publicação das crônicas de um velho conhecido nosso: o querido Deogar Soares.
Duvido que exista alguém que tenha o conhecido que não tenha nada a falar do Deogar... ele era daquelas figuras que, com jeito todo seu, mudava o mundo, de verdade.
Essa mudança se dava de variadas formas. Com seu vôo livre diário, fazendo seus ouvintes pensarem e se recolocarem no mundo. Com sua inquietação diante do instituido. Com seu jeito rebelde de ser. Com sua voz que entrava e cativava a alma de qualquer um. Com seu olhar doce e feróz, manso e atroz.
Sinto muita saudade do Velho. O Deogar marcou uma fase muito importante da minha vida. A fase em que escolhi de que lado do mundo eu queria estar. Do lado de quem eu iria lutar. E de que jeito eu iria desenvolver esta luta.
Lembrar do Deogar é lembrar dos meus amigos, dos nossos sonhos, das nossas utopias e lutas, que não se perderam totalmente, mas que morreram um pouco junto com o Velho.
Hoje, pude reviver um pouquinho disso tudo. Primeiro na nossa "reunião". Bem diferente das reuniões de outrora, mas não menos eficiente e, talvez, mais prazerosa. Depois, com a Letícia (filha do Deogar e minha amiga de sempre), remexendo as fotografias feitas pelo Deogar e da época da campanha para vereador e do mandato.
Quanto prazer! Quanta saudade!
Viajamos no tempo e matamos um pouco essa falta que arde. Falta do que éramos e do que sonhávamos ser.
Rica tarde, essa!
baby