sábado, dezembro 20, 2014

Cansaço e escolhas

Mais um ano se indo.

Mais um monte de coisas que queria fazer a não fiz.

Mas, no contraponto, um monte de coisas feitas entre projetos pessoais, profissionais e familiares.

O cansaço está enraizado, parece.

Os dias voam. As tarefas se acumulam e a certeza de que é preciso aprender a domar o tempo é fato consumado.

Escolher. Selecionar. Partir. Ganhar aqui. Perder ali.

Quem disse que viemos à vida a passeio?

segunda-feira, abril 21, 2014

Soledad Pastorutti - Brindis

Recomeçar, na marra.

Pois é...

Amanhã é dia de retomar a vida. Estou assustada, mas amparada, tenho certeza.

Preciso fazer uma coisa de cada vez. Respirar. Proteger-me.

A vontade de ficar aqui, encolhida, ainda permanece.

Mas não sou assim. Então, em frente.

Aí, a Dani, mãe do coleguinha da Mari postou uma linda canção que não consegui mais parar de ouvir.

Que ela embale meus dias. E que meus amigos e amores me estendam a mão.

A canção é esta aqui.

domingo, abril 20, 2014

PASCOAR

Hoje é Sábado de aleluia.
Passei o dia com meus pais e irmãs. Sem a Mari.
A Mari está passando o feriadão com o pai.
Não foi assim que sonhei a véspera da Páscoa.
Imaginei que a faríamos dormir e, então, iríamos arrumar o ninho da Páscoa, esconder, fazer pegadas.
Há um tempo, mesmo casada, tenho feito isso sozinha.
É um rearranjo da história. Uma alteração no roteiro original.
Isso ainda doi. Não pelo casamento, em si, que já estava acabado fazia tempo.
Mas pelo enredo.
Sou tri família. Gostos de partilhar. Gosto de café da manhã, conversa e leitura de jornal.
Gosto de matear com os gatos e cachorros na volta.
Hoje, em um filme, alguém disse que não se tratava da dor da morte. Mas da dor da cura.
Acho que é isso.
Assim, aproveitando a energia da renovação da Páscoa, estou trocando a casca.
A Páscoa da Mari está pronta. Amanhã ela vai estar aqui. E vamos ter a vida toda pela frente para partilhar e compartilhar.

Feliz Páscoa.

domingo, abril 06, 2014

Eu nem sei porque me sinto assim...



Cansada de fingir estar bem.
Cansada de ser forte.
Cansada de levantar.

Mas sei que passa.

Só me deixe aqui quieto, isso passa.

quinta-feira, abril 03, 2014

Como será que me mostrei por todo esse tempo que meus maiores amores não conseguem me ver fragilizada, faltando uma parte, desengonçada?

Sinto-me como o elefante do desenho animado com medo do ratinho. Ou o leão que chora porque tem um espinho na pata.

E tudo que tenho em volta, são amores perdidos, sem saber o que fazer para me acalmar. Para passar meu medo. Para passar minha dor.

Se nem eu sei de onde ela vem, como poderia outro saber...

Preciso que esse tempo passe. Preciso ser capaz de passar por esse tempo.

sábado, março 08, 2014

Pedaços de mim




Quantos pedaços somos capazes de deixar pelo caminho? Quais deles deixam um buraco para sempre na nossa vida e quais são capazes de serem substituídos?

Trabalho diariamente com pessoas que perdem os pedaços cotidianamente. E que buscam, entre todas os obstáculos da burocracia, juntar o que ficou e seguir em frente. Pessoas que, por vezes, parecem esquecer o que é um dia realmente feliz. Será que tiveram algum?

Claro que sei o óbvio. A felicidade é diferente para cada pessoa nesse mundão. Mas, parece-me que, para algumas pessoas, as tristezas pesam mais.

Hoje faz 8 anos de uma maiores dores da minha vida. Acho que é a maior. A confirmação diante da impotência de conquistar algo muito desejado. Mesmo tendo pulado os obstáculos e, de certa forma, ganho o que tanto desejava, a dor permanece ali. Como a cicatriz da cesariana que teima em repuxar em dias nublados, embora, cientificamente, nada explique isso.

E tudo que veio depois, faz com a ferida doa mais forte.

Oh pedaço de mim,
Não leva tudo que há de ti... me deixa lembrar que a vida é pra ser vivida na amplitude.
baby