sábado, outubro 13, 2012

Escondida e desvelada

Tá faltando caixas, saquinhos e gavetas para guardar tudo o que não quero ver.

Todos os planos, projetos, sonhos que foram desfeitos. Preciso guardar. Esconder de mim mesma e não deixar que percebam que estavam aqui. Que bobagem! Todos sabem...

Aos poucos, chega o tempo de redesenhar. Mas por hora, preciso achar um canto pra escondê-los e pra me esconder.

Atrás da nuvem fico mais segura. Mas vira e mexe, o vento leva-a pra longe e me deixa aqui, desnuda com meu medo e minha dor.

Não que eu tema ficar desnuda. O problema é a dor. Desgraça que teima em reacender, tipo chama que não quer apagar. o Vento só reacende. e arde. e bagunça todos as peças do castelo que levei horas arrumando pra parecer em ordem.

è como criança que se esconde tapando só a cabeça, e jura que ninguém a vê. Assim estou... cabeça escondida, sorriso nos lábios, tudo indo, repito. E o corpo exposto. Com suas feridas e fissuras. E medos. E faltas. E nada.


baby